O aprofundamento da crise econômica nos países europeus pode acabar emperrando a agenda de votações no Congresso Nacional neste ano. De acordo com o ritmo dos desdobramentos da recessão internacional, o governo deve editar novas medidas para proteger as empresas nacionais e estimular o crescimento da economia, o que naturalmente exigirá uma tramitação rápida no legislativo. O maior desafio para a base governista será conciliar as novas urgências de 2012 com as pendências de 2011emumespaço de tempo limitado pelo calendário eleitoral. Neste ano, os parlamentares voltarão do recesso no próximo dia 2 de fevereiro e quatro meses depois começam a esvaziar os corredores de Brasília para acompanhar o desenrolar das eleições municipais, em outubro. O tempo restrito em 2012 preocupa o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, será necessário concentrar a votação dos temas prioritários, principalmente os de cunho econômico, até maio para que os debates não sejam contaminados pelas disputas eleitorais. "A Câmara precisará trabalhar muito para evitar que os temas mais importantes coincidam como calendário das eleições municipais", diz Vaccarezza. (Brasil Econômico)