O governo começou uma nova etapa no esforço para reduzir os atritos com medidas protecionistas entre Brasil e Argentina. Publicamente, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, minimizou os problemas com a secretária de Indústria argentina, Débora Giorgi, disse que os dois governos em nenhum momento interromperam o diálogo sobre divergências em comércio, mas se recusou a voltar atrás na decisão de impor licenças não automáticas na importação de automóveis, que afeta o principal item de exportação argentina ao Brasil. Enquanto isso, cogita-se o envio de emissários brasileiros a Buenos Aires, para reduzir as tensões. Pimentel lembrou que, em fevereiro, defendeu o direito da Argentina de impor licenciamento não automático a 600 produtos, e pediu apenas que as medidas não retivessem mercadorias brasileiras além de 60 dias, prazo máximo permitido pela organização Mundial do Comércio (OMC). "Não funcionou", comentou, citando "desconforto" com a retenção de produtos brasileiros. "Temos relações amistosas, não há motivo para falar em ruptura nem guerra comercial", disse. (Valor Econômico)