Um dos maiores desafios do governo para oferecer amanhã um pacote que cumpra a expectativa de soluções não apenas temporárias e parciais é a redução do custo do financiamento. Nos últimos dias, a agenda da equipe econômica também teve reuniões com banqueiros, de posse do diagnóstico de que o juro final não está caindo no mesmo ritmo dos cortes na taxa básica feitos pelo Banco Central. Nos últimos oito anos, o chamado spread bancário, que determina o juro do empréstimo, recuou menos do que a taxa Selic, que serve de referência ao mercado financeiro. Entre 2004 e 2011, o Banco Central cortou a Selic em 38%. No mesmo período, o spread só diminuiu 24,2%. Isso significa que os bancos passaram a obter dinheiro mais barato, mas não repassaram totalmente o alívio aos empréstimos. (Zero Hora)