Para alcançar o corte prometido de R$ 55 bilhões nas despesas programadas para este ano, o governo terá de fazer o que não conseguiu no ano passado: reduzir as chamadas despesas obrigatórias. O governo estimou, por exemplo, que este ano conseguirá diminuir os gastos em benefícios da Previdência Social em R$ 7,7 bilhões. Essa previsão causou ceticismo entre economistas que acompanham mais de perto a política fiscal. No ano passado, o governo também havia prometido reduzir a despesa previdenciária, em um valor menor: R$ 2 bilhões. Assim, os gastos seriam de R$ 276,4 bilhões. No entanto, dados do Tesouro Nacional mostram que o gasto efetivo com benefícios do INSS foi de R$ 284,1 bilhões no período. Ou seja, a projeção foi superada em R$ 7,7 bilhões. O aumento do salário mínimo é um dos fatores que levam economistas a não acreditarem nas contas feitas pelo governo. Em 2011, o mínimo, que tem forte impacto na conta da Previdência, foi corrigido em 6,8%. Em 2012, o reajuste foi de 14,1%. (O Estado de S.Paulo)