O governo poderá acelerar o envio ao Congresso Nacional da proposta de mudança na remuneração da caderneta de poupança por causa do temor de um movimento antecipado de migração de recursos que hoje estão depositados nos fundos de investimento. As informações de que as mudanças em estudo devem atingir apenas depósitos novos ampliaram o risco de que investidores que têm aplicações que já começam perder em rentabilidade para a poupança se antecipem à mudança para garantir, no futuro, um ganho maior que só será assegurado aos antigos depositantes da caderneta. Segundo apurou o Estado, essa é uma preocupação que está presente no radar do governo e motivo de divisão na equipe econômica sobre a melhor estratégia para enfrentar o problema, agora que o Banco Central (BC) acelerou ainda mais a redução da taxa básica de juros. Economistas de dentro e fora do governo já falam na possibilidade de a taxa Selic cair para 8,5% ainda este ano, tornando a decisão mais urgente. Esse nível é considerado uma espécie de limite aceitável para que a mudança seja feita. (O Estado de S.Paulo)