Em meio à crise no mundo muçulmano que se estende há mais de um ano, o Brasil se mantém como observador constante dos movimentos na região, sem se afastar das conversas diretas com os interlocutores do processo, inclusive nos países onde a tensão é maior – a Síria, Líbia, o Egito, Iêmen e Bahrein. O Brasil apoia os mediadores da região – a Liga árabe e o Conselho de Cooperação do Golfo – na tentativa de encerrar os conflitos na região. A ordem das autoridades brasileiras é dar continuidade ao diálogo, às negociações econômicas e comerciais, mantendo, porém, sob vigilância a posição brasileira de defesa dos direitos humanos e respeito aos princípios democráticos. A orientação foi transmitida pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ao emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, o embaixador Cesário Melantonio Neto. Há cerca de quatro semanas no cargo e com longa experiência no assunto, o embaixador disse à Agência Brasil que o Brasil insistirá na busca pela paz por meio do diálogo e das negociações pacíficas. (Agência Brasil)