Um acordo entre os bancos privados e o governo para reduzir os spreads bancários – diferença entre o custo de captação e as taxas cobradas dos clientes nos empréstimos – começou a ser costurado ontem, mas esbarra na resistência da equipe econômica em atender uma das principais reivindicações do setor: a diminuição da carga tributária e dos compulsórios embutidos no custo dos empréstimos, que respondem por 26% do spread. A cúpula da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apresentou uma lista de 22 itens que seriam necessários, na visão dos banqueiros, para derrubar esses encargos financeiros. O governo mostra-se disposto a negociar a pauta, mas não aceita cortar os impostos do setor. O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, disse que a medida que teria o maior e mais rápido impacto sobre os spreads é a redução dos encargos tributários. O setor reivindica redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre intermediação financeira, da Cofins e da CSLL. (O Globo)