O Brasil envia hoje aos integrantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) uma carta com as providências já tomadas para preservar as comunidades indígenas a serem afetadas pela Usina de Belo Monte (PA). Segundo o embaixador brasileiro na OEA, Ruy Casaes, o objetivo é dissipar dúvidas em relação ao projeto. No início deste mês, a CIDH pediu a suspensão do processo de licenciamento da obra, abrindo uma crise com o governo brasileiro. – As informações serão enviadas em um documento, assim como fizemos antes, ao respondermos a tempo a todas as indagações. Talvez por não ter examinado os dados que repassamos anteriormente, a comissão tomou uma decisão, em nossa opinião, precipitada – disse ao GLOBO o embaixador. Entre as informações, Casaes citou uma aldeia de 71 índios. Para preservá-la, os técnicos reduziram a capacidade da hidrelétrica, com perdas de R$300 milhões por ano na receita.