O forte ajuste fiscal implementado pelo governo em 2011 – que incluiu corte de R$50 bilhões no orçamento e o represamento de investimentos – garantiu o cumprimento antecipado da meta de superávit primário do setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais) fixada para o ano. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a economia de recursos para pagar juros da dívida pública entre janeiro e novembro somou R$126,8 bilhões, ou 3,36% do Produto Interno Bruto. O montante representa nada menos que 99% da meta, que é de R$127,9 bilhões. No período, os juros que corrigem a dívida atingiram o recorde de R$216,1 bilhões (5,72% do PIB). Segundo a autoridade monetária, o resultado se explica pela alta da inflação e das taxas de juros no início do ano. Os dois indicadores corrigem a maior parte dos títulos que compõem o endividamento. (O Globo)