Apenas 13% dos recursos gastos pelo governo federal em ações da Defesa Civil foram investidos na prevenção de desastres naturais, como deslizamentos de terra, enchentes e seca, entre o ano de 2006 e 2011. O gasto com prevenção foi de R$ 745 milhões, contra R$ 6,3 bilhões aplicados em ações para conter os estragos causados pelos desastres. Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado ontem pela entidade. Em 2011, foram baixadas 1.245 portarias de situação de emergência e estado de calamidade pública para 987 municípios, conforme o levantamento. A maioria dessas portarias são dos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, publicadas porque as cidades foram afetadas por enchentes ou pela estiagem severa. De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os problemas são reincidentes em boa parte das localidades afetadas. "Quando o governo alega que não tem conhecimento do problema, ele está faltando com a verdade. Tudo está detalhado ao longo dos anos, não há como alegar que não sabe", critica. (Brasil Econômico)