Como reflexo da política contracionista adotada pela equipe econômica para combater a inflação, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) registrou um superávit primário acumulado de R$25,5 bilhões nos três primeiros meses deste ano, valor que supera, com um mês de antecedência, a meta fixada para o primeiro quadrimestre, de R$22,9 bilhões. Em março, a economia para o pagamento de juros da dívida somou R$9,134 bilhões, o segundo melhor resultado para o mês desde 2008, quando atingiu R$10,606 bilhões. Em março de 2010, houve um déficit de R$4,553 bilhões. Satisfeito em relação à economia para o pagamento de juros e, ao mesmo tempo, preocupado em demonstrar comprometimento com a austeridade fiscal e a redução dos gastos públicos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quebrou ontem o protocolo e revelou os números momentos antes da divulgação oficial, feita pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin. Segundo Mantega, até o fim de abril, o superávit primário será equivalente a quase 50% da meta estabelecida para todo o ano de 2011, de R$81,8 bilhões. (O Globo)