Mesmo com a resistência da equipe econômica, será de 8,5% a alíquota de adesão ao novo modelo de previdência complementar do servidor público federal. A União queria um aporte de 7,5%, mas prevaleceu a proposta do PT, de elevá-la para 8,5%. A diferença de um ponto percentual será para arcar com eventuais perdas nas aposentadorias de mulheres, professores e policiais federais. O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que consolida o texto, disse ontem à noite ao GLOBO que haverá um Fundo de Aportes Extraordinários, justamente para bancar essas eventuais perdas. Como o modelo de previdência complementar é paritário, a adesão para os servidores também será de de 8,5% – mas, na prática, significa que a União irá aumentar seu limite de aporte, o que o governo não queria. Na visão da Previdência e de parlamentares do PT, os servidores que hoje contribuem com 11% deverão continuar fazendo essa mesma contribuição. Pelo novo modelo, os servidores terão garantidos uma aposentadoria até R$3,6 mil, o mesmo valor do teto do INSS. Se quiserem receber benefício acima desse valor, terão que contribuir para o fundo com alíquota de 8,5%. (O Globo)