O polêmico artigo incluído pelo DEM que desvincula os recursos que formam o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) na Emenda 29 – proposta que define percentuais mínimos a serem destinados à saúde -, deve ser o primeiro a cair no Senado. A educação, que em nada foi favorecida pela medida, está sendo usada como "muleta" para que os estados e o Distrito Federal deixem de aplicar pelo menos R$ 6 bilhões em saúde pública, segundo especialistas em educação. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já pediu aos senadores que seja corrigida uma proposta que retira da base de cálculo do orçamento de saúde 20% das receitas dos estados a serem destinados ao Fundeb. O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, diz que se a manobra contábil passar no Senado, quem perde são os cidadãos e os municípios, que apesar de contar com menos recursos, sofrem mais pressão da opinião pública e acabarão tendo que investir aquilo que estados e o Distrito Federal estão se abstendo. (Brasil Econômico)