O Banco Central pediu moderação nas concessões de subsídios por meio de operações de crédito. Mas na direção contrária, a nova política industrial, batizada de Brasil Maior, foi lançada pelo governo com mais um caminhão de subsídios, de efeitos incertos sobre a economia e a inflação em 2012. O governo não só ampliará mais uma vez os empréstimos do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como também anunciou que vai estender por mais um ano o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). O banco estatal vai, inclusive, voltar a atuar no crédito de capital de giro, como fez durante a crise para socorrer as empresas. Tudo bancado com mais subsídios bilionários do Tesouro, até agora pouco explicitados. Meta. A meta para o BNDES é ambiciosa: desembolsar R$ 500 bilhões para o Brasil Maior até 2014. Mas até o início de maio, quando a inflação estava em forte alta e dominava todas as atenções dentro e fora do governo, a equipe econômica cogitava postergar para 2012 o repasse de R$ 55 bilhões de empréstimos do Tesouro ao BNDES previstos para este ano, como medida para auxiliar o BC. (O Estado de S.Paulo)