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Governo amplia base no Congresso


Murillo de Aragão


Graças ao intenso troca-troca partidário que se seguiu à eleição do ano passado e ao retorno do PDT à base governista, o presidente Lula conseguiu ampliar sua base de apoio tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Conseqüentemente, o tamanho da oposição caiu nas duas Casas.


Levantamento da Arko Advice mostra que até na última sexta-feira, 25 deputados haviam mudado de legenda.


Considerando o resultado eleitoral de 2006, a base governista na Câmara tinha 323 votos. A oposição, 180 e independentes (pequenas siglas que não têm representação no governo), 10.


Atualmente, a base nominal do governo saltou para 357 deputados e a oposição caiu para 143. Os independentes somam 13 votos.


No Senado, o quadro também melhorou para o governo. Logo após a eleição, a base governista tinha 41 senadores e a oposição 38. Independentes somavam 2 votos apenas.


Hoje, o governo soma 50 votos e a oposição, 31. Entretanto, estes números ainda não garantem vida fácil ao Palácio do Planalto. Considerando as dissidências, esta base nominal significa um apoio real de cerca de 45 votos. Em caso de votação de emenda constitucional, que requer o apoio mínimo de 49 senadores, o governo terá que negociar bastante.


No Caso da Câmara, a base do governo pode crescer ainda mais. O PR, hoje com 33 deputados, tem como meta chegar a 50. Esse incremento viria principalmente da oposição, especialmente do PFL.


Por isso, o PFL resgatou uma resolução de 2005 segundo a qual o parlamentar que deixar a legenda pagará quatro meses de salário de multa, o que equivale a cerca de R$ 50 mil.



No Senado, o quadro tende a mudar pouco.