Os gastos não financeiros do governo federal e dos Estados e municípios devem mostrar desaceleração significativa neste ano, depois de terem aumentado, em seu conjunto, 8,5% acima da inflação em 2010. No primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff e dos governadores, o total dessas despesas vai avançar 3,7% em termos reais, segundo estimativas do economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero. Para ele, os gastos não financeiros do governo federal vão crescer neste ano 3%, descontada a inflação, num cenário em que a União se empenha para fazer uma economia mais expressiva para os juros da dívida (o superávit primário), sem recorrer a artifícios contábeis. é um ritmo três vezes mais lento que a alta de 9,4% em termos reais de 2010. No caso de Estados e municípios, Montero acredita em aumento de 5%, menos que os 7,4% do ano passado. Governadores que assumem o posto também tendem a fazer um pouco mais de caixa no primeiro ano de mandato.