Embora tenha afirmado à imprensa, há pouco mais de uma semana, que a gasolina inevitavelmente sofrerá reajuste se os preços do petróleo no mercado internacional continuarem em alta, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, negou ontem que haja alguma ação em curso entre o governo e a empresa para elevar o valor dos combustíveis. Ela disse ainda que a política da estatal continua sendo a de não repassar a volatilidade dos mercados futuros para os preços internos. Nem mesmo o pico no preço do barril no exterior vai impor, na opinião da dirigente, um aumento neste momento. "Esse nível de US$ 123 dólares não é patamar, isso é pico; e a política de preços da Petrobras é de longo prazo. Ela não vai ser alterada", afirmou Graça, como é mais conhecida. O petróleo tipo Brent fechou a US$ 123,80 dólares o barril ontem. Ultimamente, os contratos futuros do petróleo têm sido sustentados por preocupações geopolíticas, com operadores temendo que as tensões entre o Ocidente e o Irã venham a resultar em uma interrupção do fornecimento. O governo teme que repasses de preços elevem a inflação, conforme já indicou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. (Correio Braziliense)