Para defender a aprovação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou que é preciso ter coragem para promover as mudanças necessárias. Segundo ele, as mudanças são indispensáveis para permitir que o sistema tenha sustentabilidade no longo prazo, evitando que o problema seja transferido para as futuras gerações. O ministro participa de comissão geral para tratar do projeto no plenário da Câmara. Segundo Garibaldi, o elevado déficit da previdência dos servidores é uma "tragédia anunciada". "Ou tomamos uma providência ou nos veremos numa situação muito difícil", destacou Garibaldi. Ele lembrou ainda que, quando assumiu o cargo, muitos amigos disseram que ele estava pegando "um abacaxi". Logo em seguida frisou que, sem a aprovação do fundo, "essa previdência vai continuar como está. Será um abacaxi ontem, hoje e sempre", frisou. O déficit da previdência dos servidores somou cerca de R$ 50 bilhões no ano passado para atender um pouco menos de um milhão de funcionários. No caso do INSS, o saldo negativo foi de R$ 43 bilhões para pagamento de algo em torno de 28 milhões de benefícios. (Agência Estado)