Aprovado a nove dias do fim do ano, o reforço ao Fundo Partidário de R$ 100 milhões funcionou como uma Mega Sena da Virada para todos os partidos. Agora, os endividados poderão quitar suas contas com o dinheiro do contribuinte. E os que perderiam verba ficarão até mais ricos, apesar do desempenho eleitoral inferior em 2010. A votação na disputa por vagas na Câmara é fator determinante na divisão do bolo do Fundo Partidário, formado por aportes do Orçamento-Geral da União e, em menor proporção, pela receita de multas aplicadas a eleitores, candidatos e aos próprios partidos. O DEM, por exemplo, teve sua participação no total de votos para a Câmara reduzida de 11% para 7,5% nos últimos quatro anos. PSDB, PMDB, PPS e PTB também encolheram na proporção do eleitorado. Todos perderiam recursos, não fosse o acordo que congregou todos os partidos representados na comissão que analisou o Orçamento.