A maciça entrada de capitais estrangeiros nos países emergentes é, afinal, uma bênção ou uma maldição? O próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda não tem uma resposta. Por esse motivo, a instituição realiza, hoje e amanhã, no Rio de Janeiro, um seminário em que economistas, acadêmicos, banqueiros, autoridades financeiras e técnicos do Fundo vão tentar responder a essa questão e encontrar maneiras de lidar com tal fenômeno. Eles partem de um conceito endossado por todos: embora os fluxos de capital sejam, no geral, benéficos para os países que os recebem, aumentos significativos acarretam riscos para o sistema financeiro. Há, ainda, uma outra constatação aceita pela grande maioria, como lembra Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, que participará dos debates: – Há casos nos quais se deve aceitar os fluxos, e outros em que há boas razões para intervir. (O Globo)