Petrobras: com ou sem CPI, desgaste do governo será inevitável, por Murillo de Aragão
31 de março de 2014
Dilma com pouco espaço para cometer erros, por Murillo de Aragão
3 de abril de 2014
Exibir tudo

Fui para Teresópolis, por Murillo de Aragão

Em 31 de março de 1964, fui para Teresópolis com minha mãe. Ela sabia o que estava acontecendo e eu entendia superficialmente, pois não tinha nem oito anos. Vi muitos soldados e tanques nas ruas. O povo estava feliz,já que a ameaça comunista estava sendo derrotada.

Poucos hoje admitem que o golpe militar obteve amplo apoio da sociedade. Posteriormente, apoiá-lopassou a visto comosinônimo de ser gorila, fascista e tudo de ruim. Mas não destacam que o governo João Goulart havia virado uma bagunça e que ele oscilava entre um discurso inconsequente e outro belicoso.

Sem entrar nos detalhes dos avanços e retrocessos ocorridos a partir da implantação do regime militar, o fato é que nos foi tiradaa possibilidade de continuar um amadurecimento político que até hoje nos faz falta. Por outro lado, o golpe nos deu a certeza de que a democracia, com todos os seus defeitos, é o caminho a ser perseguido.

Pena que muitos, no mundo político e fora dele, ainda não entendem isso.