O Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo instaurou inquérito civil ontem para apurar denúncia de que roupas da multinacional de origem espanhola Zara estariam sendo produzidas por trabalhadores em condição análoga à escravidão por empresas subcontratadas. A medida foi tomada depois que a Procuradoria do Trabalho em Osasco – onde a Zara tem sede – soube de operações em duas oficinas de costura na capital paulista em que o Ministério do Trabalho constatou situação degradante de trabalho e moradia. Foram lavrados 48 autos de infração contra a Zara, por jornada excessiva, falta de anotação na carteira de trabalho, não concessão de descanso e de férias, falta de extintor de incêndio, de iluminação adequada, de água potável, de cadeiras adequadas, entre outras. Nas oficinas, foram encontrados vestidos, calças e blusas com etiquetas da multinacional, saco com etiquetas, peças-piloto e instruções de como os produtos da Zara deveriam ser fabricados. (O Globo)