A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu ontem mais dinheiro aos sócios do organismo para reagir a possíveis desdobramentos da crise na União Europeia (UE), apesar das recentes melhoras verificadas no bloco. Durante discurso que fez a autoridades técnicas em Washington, ela afirmou, contudo, que a atual proposta de reforçar o caixa do FMI é inferior à estimativa de janeiro. Há uma semana da reunião que terá com o Banco Mundial (Bird), na capital norte-americana, Lagarde ressaltou a necessidade de seguir com o esforço europeu e garantir "uma proteção global forte" para completar o círculo de retomada de cada país. "Temos visto alguma melhora no clima econômico e as necessidades hoje não são tão grandes quanto estimamos no início do ano. Mas os riscos permanecem elevados e a recuperação, frágil", completou. Lagarde disse que "o risco maior que paira é o de que as tensões soberana e financeira voltem com força renovada à Europa". "Temos certo espaço para respirar, mas não por muito tempo", alertou. "As medidas adotadas pelos europeus nos últimos meses garantiram tempo para pensarmos sobre avanços e verificar o que ainda precisa ser feito", declarou a chefe do FMI no Brookings Institution. (Correio Braziliense)