Sem uma política competente de saúde, os programas de combate à miséria no Brasil não terão sucesso. Quem afirma isso é a médica Tânia Araújo-Jorge, diretora do Instituto Oswaldo Cruz, a instituição que enviou ao governo federal na semana passada nota técnica com um mapa das doenças associadas à pobreza, para servir como subsídio para o programa Brasil sem Miséria. O documento do instituto compilou dados Ministério da Saúde, fornecendo ao governo um balanço do crescimento de doenças diagnosticadas entre pessoas de baixa renda, as chamadas "doenças negligenciadas", ou "doenças da pobreza". Algumas delas, como tuberculose, sífilis, dengue e diversos tipos de verminoses, estão recrudescendo. (O Estado de S. Paulo)