às vésperas da Conferência Rio + 20 que vai debater questões ambientais, finalmente o Rio de Janeiro vai se livrar de um dos seus aspectos mais vergonhosos: o lixão de Gramacho localizado no município de Duque de Caixas. Destino de mais de 8 mil toneladas/dia do Rio e de algumas cidades da Baixada Fluminense, o lixão chegou aos seu limite ameaçando poluir ainda mais a Baia de Guanabara.
Após 34 anos de atividades, o lixão vai ser fechado deixando uma montanha de lixo em cima de uma base móvel de detritos, líquidos altamente poluentes e gases inflamáveis em uma área de 1,3 milhão de metros quadrados.
O lixão servia de fonte de renda para 1.700 catadores que serão obrigados a encontrar novas atividades. Cada um deles vai receber uma “indenização” de 14 mil reais para ajudar a iniciar a nova vida. Porém, muitos reclamam dizendo que chegavam a ganhar R$100,00 por dia com o lixo. Além do dinheiro, muitos poderão frequentar cursos profissionalizantes ou mesmo trabalhar em polos de reciclagem que vão empregar 500 do catadores.
A solução do problema do lixão deixa como interrogação o destino dos catadores. Porém, considerando as oportunidades e o ambiente econômico, boa parte deles deverá ter ocupação. Preocupa muito os efeitos no solo e nas águas na região e o risco que corre a já poluída Baía da Guanabara.