A Assembleia Legislativa do Rio aprovou ontem o relatório final da CPI das Armas. O relatório conclui que o principal problema não está nas fronteiras do estado e sim no armazenamento das armas dentro dos quartéis. "A CPI conclui que, por detrás do tráfico de armamento no Estado, há, principalmente, um quadro preocupante de falhas de comunicação entre os órgãos responsáveis pelo setor, algo que resulta no controle inadequado dos paióis oficiais e numa fiscalização ineficaz do armamento em poder privado", explica o deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da comissão. Ao todo, foram apresentadas 69 propostas para o enfrentamento do tráfico de armas, munições e explosivos no Estado. O texto recomenda a realização de uma auditoria externa nos paióis da Polícia Militar do Estado, a ser realizada por uma comissão formada por representantes da Segurança Pública estadual, do Comando Militar do Leste (CML) e da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Comissão de Segurança Pública da Alerj. "Há de se rever os processos de seleção de agentes estatais encarregados da gestão das reservas de armamento das forças militares e de segurança pública", propõe o deputado. (Valor Econômico)