Quando começou a falar na prestação de serviços para clientes do exterior e na internacionalização da BRQ, em 2008, o fundador e presidente da companhia, Benjamin Ribeiro Quadros, acreditava que em pouco tempo a receita da companhia com essa atividade poderia chegar a 30% do total. A estratégia apoiava-se na possibilidade de o Brasil seguir os passos da índia, maior fornecedora global de serviços de software, e tornar-se um dos principais destinos para projetos desse tipo. A BRQ investiu em pessoal, treinamento e até comprou uma empresa com 100 funcionários nos Estados Unidos, a Think. A expectativa era chegar a cinco mil profissionais no país em três anos. Mas a empreitada não teve o sucesso projetado. Hoje, as receitas internacionais representam 10% do faturamento da BRQ, de R$ 250 milhões, e a operação nos EUA continua com um quadro do mesmo tamanho de 2008. "A ideia era que a exportação seria a responsável por projetar o setor de tecnologia da informação (TI) brasileiro no cenário internacional. Não foi isso que aconteceu", diz Quadros. (Valor Econômico)