Sob críticas e comentários irônicos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, entrou ontem em greve de fome para pressionar a oposição no Congresso a um acordo sobre a nova legislação eleitoral, necessária para as eleições gerais de dezembro. No fim tarde, a proposta governista foi aprovada em primeira votação sob um ambiente tenso e após mais de 24 horas de sessão parlamentar contínua. A greve de fome se instalou às 9h40 locais (uma a menos que Brasília) no Salão Vermelho do Palácio Quemado, depois de uma longa noite no Congresso sem acordo entre governo e oposição. Acompanhado por 14 sindicalistas e representantes de movimentos sociais, Morales prometeu não comer até a aprovação da nova lei.