Meu seleção brasileira começa com Adriano. Para detalhar, vamos lá: Julio César, Lúcio, Juan, Maicon e Marcelo nas laterais. No meio, jogaria com Hernandes, Kaká, Julio Baptista e Gilberto Silva ou Daniel Alves (que também sabe jogar no meio). O ataque é Adriano e qualquer um: pode ser o Robinho ou Ronaldinho Gaúcho mais adiantado.
Em forma e com juízo, Adriano é um dos maiores atacantes do mundo. No entanto, é um desmiolado. Da mesma estirpe de Edmundo, Roger, Maradona, Ariel Ortega, Ciel, Carlos Alberto (Vasco), Casagrande, Sócrates, Mário Sergio, Paulo Cesar Caju, Almir Pernambuquinho, Heleno de Freitas e tantos outros. Cujo talento e juízo vieram em doses absolutamente desproporcionais. Sempre falaram mais do que fizeram em relação potencial de cada um no futebol.
Adriano atingiu o topo do mundo e não sabe o que fazer com o sucesso. Sendo um cara extremamente gente boa, desperdiça o talento que tem. é um boboca. Poderia ser mais do que foram Romário e Ronaldo por ser mais forte e igualmente mortal dentro da área. No entanto, não tem nem um milímetro da têmpera de Ronaldo. Este sim, um fenômeno, um herói. Adriano é gente boa e pode ser o maior atacante da atualidade. Mas não é um herói nem quer se-lo.
Fico pensando como o futebol é injusto. O Fernando Baiano, atacante que jogou no Corinthians e no futebol espanhol, anda perdido pelas Arábias. é um atacante extraordinário: tem muito mais juízo que Adriano e nunca teve o merecido reconhecimento. Se eu fosse da Internazionale, buscava o Baiano ontem mesmo para o lugar de Adriano.
A injustiça vai mais além. Ronaldo tem têmpera e capacidade de dar a volta por cima de contusões gravíssimas. Caso Ronaldo tivesse a resistência física de Adriano seria o maior jogador de futebol depois de Pelé. Assim, uns têm e não sabem o que fazer com os dons que receberam. Outros, como o bravo Ziquinha da Friburguense lutam nos campos atrás de alguns trocados e fiapos de glória. Viva o Ziquinha!