Em 2012 os termos de troca permanecem favoráveis ao Brasil? Com o mundo crescendo quase nada, a perspectiva com relação aos termos de troca não é unânime, com as análises apontando mais para um meio termo entre estabilidade, ligeiro crescimento ou leve queda. No cenário traçado pela Rosenberg & Associados, os preços das commodities agrícolas terão queda entre 10% e 15%, patamar que cai para 15% a 20% no caso das commodities metálicas. "Tudo isso deve puxar para baixo os preços das exportações brasileiras", diz o economista Rafael Bistafa, que considera nas projeções o crescimento da China em 8%. "Saber em que medida a China desacelera é fundamental para a trajetória dos preços de commodities no ano que vem." Além da desaceleração chinesa, Bistafa considera nessa equação a Europa com crescimento zero e os Estados Unidos crescendo na casa do 1%. "Com Europa e EUA demandando quase nada e, de outro lado, a China querendo inundar o mundo com exportações, haverá imensa oferta de manufaturados querendo entrar no Brasil-e se a oferta é muito grande os preços das importações não devem crescer tanto." O preço do petróleo é, na visão do economista da Rosenberg, o calcanhar de aquiles de 2012 tendo em vista a necessidade crescente de importação de gasolina. (Brasil Econômico)