Após meses de discussões, a presidente Dilma Rousseff deve definir nos próximos dias a indicação de uma nova ministra para o Supremo Tribunal Federal (STF) e o preenchimento de vaga de desembargador no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A disputa para o STF se tornou uma das mais acirradas dos últimos anos, pois Dilma quer escolher um nome que não sofra contestações e seja aprovado com facilidade no Senado. Ela quer obter uma repercussão parecida com a de sua primeira e até aqui única indicação para a Corte, envolvendo o ministro Luiz Fux, que foi aprovado com tranquilidade, sem maiores embates ou contestações, no início do ano. A subprocuradora-geral Deborah Duprat entrou no páreo para o STF e figura como a preferida do Ministério Público. Mas, as favoritas do Palácio do Planalto, no momento, são: a ministra Rosa Maria Weber Candiota, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e Heloisa Helena Gomes Barboza, professora da UERJ e procuradora aposentada, levada ao governo pelo ministro Luiz Fux. Dilma deve discutir esses nomes entre a sexta-feira e a segunda-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também estão participando ativamente do processo de análise das indicadas. Eles já tiveram reunião de mais de duas horas, sem chegar a um consenso. (Valor Econômico)