Orçamento 2007
4 de dezembro de 2006
Entrevista com o deputado Vicentinho (PT-SP) – 2
4 de dezembro de 2006
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Entrevista com o deputado Vicentinho (PT-SP) – 1

Segue entrevista feita pela Arko Advice (30/11) com o deputado federal Vicentinho (PT-SP) sobre conjuntura política. Ela será publicada dividida em quatro blocos.


Vicentinho, advogado, está em seu primeiro mandato como deputado federal e foi reeleito para a próxima legislatura (2007-2011). Está filiado no PT desde 1980. Foi presidente do Sindicato de Metalúrgicos do ABC e da Central Única dos Trabalhadores (CUT)


1. A reforma ministerial do presidente Lula, será suficiente para garantir um apoio sólido no Congresso Nacional no próximo mandato?
Vicentinho: Eu acho que a reforma, com a entrada dos ministros que representam outros partidos, é um fator importantíssimo. Evidentemente que mais do que isso é o conteúdo do projeto do governo. São as propostas que virão para esta Casa e que serão desenvolvidas em conjunto com a sociedade. Para mim, isso é muito mais importante.


2. Em todo caso, a base de apoio ao governo vai começar pela eleição das mesas da Câmara e do Senado. Qual a avaliação do Sr. sobre isso?
Vicentinho: Eu sou defensor que nosso partido tenha participação e indique um candidato a presidente, mas não sou sectário. Eu acho que tem que haver tolerância. É preciso considerar que o presidente Aldo tem tido uma atuação brilhante, cuidadosa e equilibrada. E mais importante do que indicar um nome e ganhar na marra ou no voto, é chegar num entendimento sobre um nome que signifique o equilíbrio desta Casa. O importante é o andar da carruagem. Não importa quem está lá em cima presidindo, mas que presida bem. Por isso eu tenho recomendado aos meus companheiros para não sectarizar. É analisar para verificar como as coisas vão ficar.


3. O Sr. defende a reeleição dos atuais mandatários das Mesas, Renan Calheiros e Aldo Rebelo?
Vicentinho: Defendo, mas não quer dizer que estou contra o meu partido. Não é isso! Eu considero normal [que sejam reeleitos]. Se o entendimento for este, que seja. Não é o fim do mundo. É claro que o partido tem que ter participação, tem que ter lugar. Agora, eu também defendo que para o partido ter gente, tem que ter o entendimento da outra parte também. Não vejo nenhuma anormalidade nisso não [na reeleição].