Os primeiros sinais de desaquecimento da economia, como resultado da crise internacional, começam a ser percebidos pelas empresas de diversos setores, de forma mais marcante entre os grandes exportadores. Além da preocupação com a redução da demanda, é generalizada a apreensão quanto à intensidade e à duração da crise em si – e, portanto, com os danos que ela poderá causar à economia brasileira. Esse cenário pôde ser constatado em conversas com executivos que comandam as melhores entre as maiores empresas do país – premiadas ontem na solenidade do anuário "Valor 1000". "Nos últimos meses, a desaceleração é evidente na indústria de embalagens", informou Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. Ele lembra que o setor é um indicador importante do nível de atividade industrial. Para o executivo, os efeitos da crise sobre o Brasil vão depender se a correção dos problemas na Europa irá ocorrer de forma organizada ou não. (Valor Econômico)