A decisão chinesa de limitar a exportação dos compostos de terras-raras – a China domina 90% do mercado mundial – criou uma corrida por estoques e reservas desses minerais estratégicos no Brasil. Além da Vale, outras empresas, inclusive estrangeiras, procuram ser uma opção à produção chinesa e abocanhar parte de um mercado global de cerca de US$ 5 bilhões. As terras-raras englobam 17 elementos químicos usados na produção de produtos como fibras ópticas, notebooks e celulares. Segundo Francisco Loureiro, pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral, os recursos identificados e medidos no Brasil são maiores do que as reservas oficiais da China. "O Brasil tem potencial para entrar nesse mercado", diz Almir Clemente, diretor da fabricante de ligas metálicas Resind. Há seis meses Clemente desenvolveu uma tecnologia para produzir uma liga de terras-raras para abastecer, em uma primeira etapa, a cadeia da indústria automobilística. (Valor Econômico)