As recentes turbulências nos mercados encontrou as companhias brasileiras com um volume inédito de recursos em caixa. No fim do primeiro semestre, 253 empresas com capital aberto tinham R$ 252 bilhões na conta ou em aplicações de curto prazo. O volume é 43% maior que os R$ 176 bilhões (valor corrigido pelo IPCA) que elas tinham em setembro de 2008, quando estourou a crise financeira internacional. Os recursos em caixa devem garantir maior tranqüilidade às empresas para a travessia das turbulências nos mercados financeiros, principalmente se houver piora das condições econômicas e aperto do crédito. A CPFL, por exemplo, que tinha R$ 4,4 bilhões no caixa em junho – 404% a mais do que em setembro de 2008 – garante ter recursos suficientes para honrar todos os seus vencimentos de dívidas até setembro de 2012, mesmo que não pudesse tomar um único centavo emprestado. (Valor Econômico)