Para evitar o fracasso do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Rio, São Paulo e Campinas, o governo teria de entrar como sócio no projeto, disse ao Estado o vice-presidente comercial da italiana Finmeccanica – um dos grupos interessados no empreendimento -, Paolo Pozzessere. Segundo o executivo, mesmo que o custo estimado de R$ 33 bilhões esteja correto, as empresas não estão dispostas a injetar todo esse volume de recursos no empreendimento. "Ou o governo muda a sua política ou terá de abortar o projeto. Precisamos do compromisso do governo em algum porcentual, porque nós e outras empresas não podemos fazer um investimento tão alto", declarou o executivo, que não quis estimar qual seria o tamanho mínimo da fatia que o Estado deveria arcar. Uma fonte que acompanha de perto as negociações afirmou, no entanto, que alguns grupos sugerem que o governo precisaria entrar com, pelo menos, metade do custo do empreendimento para torná-lo viável.