Mão de obra escassa e um alto nível de rotatividade de pessoal levam os supermercados de Minas Gerais a correr atrás de candidatos a vagas em quase todos os departamentos das lojas, no pior cenário para as contratações observado nos últimos três anos. Em todo o estado, o setor mantém 7.500 oportunidades abertas por falta de interessados e em decorrência da dificuldade de encontrar de gente experiente a trabalhadores dispostos a aprender uma profissão, informou ontem a Associação Mineira de Supermercados (Amis). Desse universo, são 4 mil vagas destinadas ao quadro permanente das empresas e 3,5 mil postos de trabalho temporários para reforçar o atendimento ao consumidor durante as festas de fim de ano. Com o déficit nas admissões, os supermercados terão de rever os planos de encerrar o ano com 8 mil novos empregados, segundo o presidente da Amis, José Nogueira Soares Nunes. No grupo dos temporários, o mais provável é que as empresas contratem 1,5 mil a, no máximo, 2 mil pessoas. "A falta de mão de obra se tornou um problema sério e generalizado na economia brasileira", reclamou o empresário, sócio-proprietário do grupo DMA, dono das redes Epa, Martplus e Via Brasil. Juntas, as lojas das três marcas têm cerca de 500 oportunidades que não conseguem preencher. (Estado de Minas)