Mesmo diante de um cenário de crise econômica mundial e a preocupação do governo com os seu efeitos, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem um aumento de R$2 milhões na cota das emendas individuais que os parlamentares poderão apresentar ao Orçamento da União de 2012. Com isso, cada parlamentar terá cota de R$15 milhões, em vez dos R$13 milhões definidos para 2011. Ao todo, são R$1,2 bilhão de gasto adicional com emendas individuais, que totalizarão R$8,9 bilhões no Orçamento. Para minimizar as críticas, o relator do Orçamento da União de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu que esses R$2 milhões a mais terão que ser "carimbados" para a Saúde. No seu relatório preliminar, aprovado ontem, Chinaglia tentou garantir R$3,4 bilhões de recursos extras para a Saúde Pública. Além da cota de R$1,2 bilhão das emendas individuais, ele determinou que as chamadas emendas populares – que pela primeira vez poderão ser apresentadas por prefeitos de cidades com até 50 mil habitantes e podem chegar R$2,2 bilhões para – também terão que ser destinadas a ações de Saúde. (O Globo)