O empresário Eike Batista, oitavo homem mais rico do mundo segundo a revista Forbes, viu ontem encolher parte de sua fortuna. O valor de mercado das empresas "Xs" – como são conhecidas as companhias de Eike por serem sempre batizadas com a letra – foi reduzido em R$11,9 bilhões ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O tombo foi reflexo de um relatório da certificadora DeGolyer and MacNaughton (D&M) sobre as reservas de petróleo da OGX, braço pretrolífero do empresário. Sexta-feira passada, OGX, MMX (mineração), LLX (logística), PortX (portos), OSX (estaleiro) e MPX (energia) exibiam somadas um valor de mercado de R$76,2 bilhões. Ontem, após a queda dos mercados, essas mesmas empresas valiam R$88,19 bilhões, segundo a consultoria Economática. A queda foi puxada pela OGX, cujas ações ordinárias (ON, com voto) despencaram 17,25%, a R$16,26. Ela perdeu R$10,96 bilhões em valor de mercado. O volume financeiro do papel foi de R$1,5 bilhão, 22,5% do total do Ibovespa, referência da Bolsa. Em geral, os negócios com a ação somam entre R$100 milhões e R$300 milhões por dia. O desempenho pesou sobre outras empresas de Eike: MMX (R$363,2 milhões), LLX (R$180,2 milhões), OSX (R$168 milhões), PortX (R$69,4 milhões) e MPX (R$188 milhões).