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Em um ano, estatal perde papel de liderança no PNBL

A Telebrás, que ressurgiu há um ano como principal protagonista para executar o Programa Nacional da Banda Larga (PNBL), em 12 meses viu a injeção de capital que receberia, inicialmente prevista em R$ 5,7 bilhões, virar um completo esvaziamento financeiro. Os recursos, programados para o longo de dez anos, com R$ 3,2 bilhões para os dois primeiros anos, nunca saíram dos cofres do Tesouro Nacional. Os valores foram gradativamente reduzidos até cair para R$ 50 milhões, mas ainda assim não liberados pelo governo.

O resultado prático é que, até agora, a Telebrás tem pagado suas contas com recursos do próprio caixa, de R$ 280 milhões. O reflexo do aperto financeiro aparece no balanço da empresa. A estatal, que chegaria ao fim de 2010 com bilhões em caixa, fechou o ano passado com um patrimônio líquido negativo de R$ 22,3 milhões. Segundo jornal Valor Econômico, no exercício anterior, esse débito foi de R$ 9,5 milhões. O prejuízo líquido da estatal chegou a R$ 13,8 milhões, resultado inferior ao de 2009, que ficou em R$ 20,6 milhões. "A verdade é que a empresa está minguando", diz uma fonte.

Sem os repasses planejados, a Telebrás também foi alvo de uma onda de questionamentos jurídicos relacionados aos editais que lançou no mercado para ligar as malhas de fibra óptica pelo país. Por fim, os contratos foram firmados, mas o plano original de "iluminar" as cem primeiras cidades com banda larga em 2010 não saiu do papel e a meta foi repassada para este ano.