O esboço do comunicado da cúpula do G-20 tem como foco a necessidade de se retornar ao crescimento equilibrado, mas deixa em branco cláusulas sobre políticas cambiais e recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). O esboço, datado de 2 de novembro, prevê um plano de ação para empregos e crescimento do qual todos os 20 países-membros participarão, mas não inclui detalhes, que devem vir em anexo no comunicado final.
O grupo se compromete em trabalhar para alcançar um sistema monetário global que reflita melhor as economias emergentes. Segundo o texto, a composição da cesta dos Direitos Especiais de Saque do FMI deve ser ajustada e ampliada com o tempo, "para refletir as mudanças do papel das moedas". Os líderes do G-20 discutiram sobre a possibilidade um papel maior do FMI na crise europeia, com o Reino Unido se juntando a Brasil e Rússia no suporte para impulsionar os empréstimos do Fundo. O comunicado final deverá mencionar um possível aumento dos recursos já em 2012. O ministro das Finanças britânico, George Osborne, confirmou que isso estava sendo cogitado ontem. – A comunidade internacional concorda que é preciso atacar a situação da economia mundial, e um debate começou, mas ainda não terminou, sobre como aumentar os recursos do FMI. (O Globo)