Marcado pela polarização política, o Rio Grande do Sul tem hoje pelo menos uma pauta capaz de unir os gaúchos: a mudança na divisão dos royalties do petróleo. A visível união – explicitada em um ato público realizado ontem na Assembleia Legislativa -, porém, reserva diferenças sutis de posição entre o Piratini e o parlamento. Na solenidade de ontem, que contou com a participação do governador Tarso Genro, o tom dominante foi o de apoio à emenda de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS). A proposta do ex-deputado dividia os royalties de todo o petróleo explorado no mar, sem fazer qualquer distinção entre os Estados produtores (Rio e Espírito Santo) e os não-produtores, no qual se enquadra o Rio Grande do Sul. A emenda foi rejeitada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o veto deverá ser analisado pelo Congresso nas próximas semanas. Também presente no ato de ontem, Ibsen fez defesa entusiasmada da divisão dos royalties sobre o petróleo. – Apelo a todas as forças políticas para que nos dispamos dos conflitos que nos afastam. Esta matéria requer ao PT uma parceria crucial – salientou Ibsen. (Zero Hora)