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Disputa pode ficar acirrada na Venezuela

Faltando apenas uma semana para o pleito eleitoral na Venezuela (a eleição será déia 3 de dezembro) os discursos começam a se acirrar.


Os dois candidatos têm mostrado convicção de que vencerão a eleição, embora a maioria dos analistas aposte na vitória de Chavez, algo respaldado pelas pesquisas eleitorais.


Nos seus discursos, ambos os candidatos têm afirmado que os correligionários devem tomar cuidado com a contagem eleitoral. Levantam suspeitas sobre uma possível fraude.


A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, acompanhou os representantes do Centro Carter, da União Européia e da OEA, na auditoria que foi realizada no domingo passado para verificar o funcionamento das máquinas que serão utilizadas.


Isso vem sendo realizado para garantir transparência no processo. Mas, em face da diminuição da margem de votos que Chavez tinha em relação a Manuel Rosales, o presidente tem usado sua velha tática de anunciar o crime antes de ele acontecer para, assim, mobilizar as massas.


O discurso usado foi de alertar seus eleitores para o sumiço de votos, ou o sumiço de urnas. Ou seja, tem pedido ao povo que o apóia que acompanhe a contagem dos votos, pois só assim conseguirá evitar algo tão grosseiro.


Acredita ser necessária esta medida, pois ele tem como certo que a oposição tentará algo. Mas a oposição também tem anunciado que o governo tentará fraudar as eleições. É algo que tem sido considerado provável, graças ao controle que o presidente tem da máquina política.


Fatos relevantes têm preocupado o presidente. O último foi a renúncia de fundadores do MVR (Movimento Quinta República / o V é 5 em romano) em Mérida, por discordarem da idéia de reeleição de Hugo Chavez e, com isso, retiraram seu apoio.


Ao renunciarem, manifestaram não temer as possíveis represálias do presidente. É um sinal de que Rosales pode estar com um apoio maior do que o anunciado, como bem demonstrou pesquisa publicada nos EUA que dava uma vantagem na casa de apenas seis pontos percentuais para Chavez.


Não se afasta mais do horizonte uma possível eleição de Rosales. O próprio Chavez tem acenado para seus eleitores que não adotem um comportamento triunfalista.


Neste clima, a Venezuela pode se tornar, já neste momento, o centro de grande tormenta no continente, ainda mais com o novo cenário que se está criando com a quase garantida eleição de Rafael Correa no Equador.