Diante das recentes críticas de militares da reserva ao ministro da Defesa, Celso Amorim, a presidente Dilma Rousseff prepara uma ação para fortalecer o subordinado no cargo. A operação terá duas frentes: a liberação de recursos para a Pasta e sinais políticos que não deixem dúvidas aos militares da ativa de que é Amorim o interlocutor da categoria que terá acesso ao Palácio do Planalto para negociar o reaparelhamento das Forças Armadas e reajustes dos soldos. O expediente também foi usado com sucesso durante a administração Luiz Inácio Lula da Silva, quando o ex-ministro Nelson Jobim fez o mesmo para aumentar sua autoridade junto aos militares. Agora, porém, a decisão está relacionada à conflagração da ala dos militares reformados que criticou recentes declarações de ministros do governo em relação à ditadura e à futura instalação da Comissão da Verdade. (Valor Econômico)