A presidente Dilma Rousseff condicionou a permanência do ministro Orlando Silva à frente do Esporte ao desmonte da máquina eleitoral que o PCdoB mantém na pasta. Dilma exigiu, ainda, a substituição de nomes que estariam fazendo "negócios" na estrutura do ministério por gestores especializados. Para sanar os problemas do ministério sem afetar os compromissos do Brasil com a organização da Copa do Mundo de 2014, Orlando recebeu da presidente a missão de "trocar o pneu com o carro andando", contaram aliados de Dilma ao Correio Braziliense. Na conversa com o ministro, a presidente disse que não daria peso às acusações feitas pelo policial João Dias Ferreira, pois entendeu que o representante da ONG Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) estaria "perseguindo" Orlando. Dilma, no entanto, foi dura em relação à administração da pasta. Disse que existe no ministério um "descontrole" em relação aos convênios e mandou apertar a fiscalização e fechar a torneira da exploração política dos programas que rendem dividendos eleitorais para o PCdoB. A presidente quer evitar o mal-estar com o partido, mas avisou que está desconfiada da entourage selecionada por Orlando para postos-chaves no ministério.