Determinada a não ceder às ameaças de paralisação das votações, a presidente Dilma Rousseff resolveu enfrentar a anunciada rebelião de sua base. Num dia decisivo de votações, mandou a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, levar duro recado ao Congresso: em nome de seu compromisso com a austeridade fiscal, não vai prorrogar o decreto de liberações de R$4,6 bilhões de restos a pagar de emendas de parlamentares, e quer fidelidade da base para aprovar medidas de interesse do governo. Nos encontros com líderes e presidentes das duas Casas, Ideli ouviu ameaças de que a base pode fazer corpo mole e a chamada obstrução branca – ausência do plenário – para impedir a votação de medidas provisórias importantes que caducam nos próximos dias, caso o decreto não seja prorrogado. Ele vence amanhã, o que significa que emendas ao Orçamento de 2009 no montante de mais de R$4,5 bilhões caducam a partir de sexta-feira. (O Globo)