Ciente das insatisfações dos congressistas com as liberações orçamentárias e nomeações de segundo escalão, a presidente Dilma Rousseff age para depender o menos possível dos parlamentares. Não por acaso, já ordenou à sua equipe que seja econômica no uso das medidas provisórias. Nesses primeiros quatro meses desde que assumiu o mandato, ela editou 11 MPs e muitas delas porque não tinha como fugir %u2014 caso da liberação de recursos para as vítimas das enxurradas no Rio de Janeiro e capital de giro para microempreendedores no estado. O antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, não foi tão econômico quando assumiu o mandato pela primeira vez. Em 2003, Lula editou 58 MPs, sendo 24 nos primeiros quatro meses. O recorde dele, no entanto, foi em 2004. Naquele ano, de eleições municipais, foram 73 medidas provisórias, sendo 23 nos quatro primeiros meses. Lula, entretanto, nunca chegou ao recorde de Fernando Henrique Cardoso, que editou 82 medidas provisórias em 2002, sendo 15 delas nos primeiros quatro meses. Os dados estão no site da Câmara dos Deputados. (Correioweb.com)