A presidente Dilma Rousseff já teve um sinal claro de que, além de um calendário curto de votações por causa da campanha eleitoral, terá que se desdobrar para tornar mais amistosa sua relação com o comando da Câmara. As articulações políticas com os deputados têm esbarrado nas dificuldades de relacionamento entre o presidente da Casa, o petista Marco Maia (RS), e o Palácio do Planalto – a presidente Dilma Rousseff e a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). é mais um embate do PT contra o PT de que oposição e descontentes da base aliada tentam tirar proveito. Aliados fiéis reclamam também da "visão tecnocrática" da Casa Civil, que, contam, costuma bloquear votações em comissões por discordar de proposições, desconsiderando o fato de que as grandes negociações são feitas diretamente em plenário. é nesse clima de instabilidade, desconfiança e falta de entrosamento entre os operadores políticos do Congresso e os palacianos que o governo vai tentar impor sua agenda de votações. Há um receio, neste momento, de que não se consiga cumprir a meta de aprovar até o fim de abril, na Câmara e no Senado, o projeto que cria o Regime de Previdência dos Servidores Públicos da União (Funpresp). (O Globo)