A presidente Dilma Rousseff está decidida a evitar que a instalação da CPI do Cachoeira paralise a agenda do governo e atrapalhe a tramitação dos projetos de interesse do Executivo no Congresso. Nesta semana, a presidente protagoniza uma maratona de eventos públicos pelo país. Em outra frente, os líderes do governo no Parlamento terão a missão de assegurar a aprovação das propostas consideradas estratégicas pelo Palácio do Planalto. A CPI deve começar os trabalhos na quarta-feira e terá seis meses de duração, com o término previsto coincidindo com o fim da campanha eleitoral. A partir de agora Dilma disputa a atenção da imprensa e da população com a CPI que investigará as ligações de agentes públicos e empresas com o suposto esquema ilegal de jogos de azar chefiado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os holofotes estarão mais voltados a eventuais irregularidades praticadas por empreiteiras e empresas contratadas pelo governo do que ao cumprimento do cronograma de obras, entregas de moradias do Minha Casa, Minha Vida ou divulgações dos resultados do programa Brasil Sem Miséria. (Valor Econômico)