A presidente Dilma Rousseff deve antecipar o anúncio do corte de gastos do Orçamento deste ano. Se tudo correr nos conformes, o arrocho, inicialmente previsto para ser divulgado no início de fevereiro, se tornará público até o começo da próxima semana. A perspectiva é de que a tesoura atinja um montante entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões. A meta de Dilma, com o aperto, é desmontar o discurso conservador do Banco Central e forçar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a manter o processo de redução da taxa básica de juros (Selic). Dilma acredita que, com a forte demonstração do compromisso do governo com o ajuste fiscal e com o cumprimento da meta cheia de superavit primário neste ano, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), os juros podem cair mais 0,5 ponto na reunião do Copom na próxima semana (17 e 18 de janeiro), dos atuais 11% para 10,50% ao ano. Nas contas do Palácio do Planalto, é possível que a Selic feche 2012 em 9%, como forma de estimular o crescimento econômico, ameaçado pela crise que engolfou a Europa. (Correio Braziliense)